Ilusão de Óptica
O poema surge da justaposição dos corpos.
Das arestas erodidas pelos fluxos em contacto.
Preparo a passagem do testemunho.
Evitando ouvir as tuas mãos trémulas a cair em caixas.
Cantando-te no desaparecimento sôfrego dos naúfragos.
Aperto o volume indefinido da estafeta.
Tapo os olhos túrgidos enganando o pragmatismo das listas.
Repetindo a sede paciente do que é inevitável e intemporal.
O início tosco do verso resistirá na penumbra da raíz.
Respirando em segredo segundo os compassos do nosso encontro.
Vai descendo o testemunho pelos teus olhos que se afastam.
Temos apenas um segundo antes de tudo ser já estrofe e harmonia.
Um rasgo subtil de instantânea clarividência.
E aí saberemos.
Sim, somos um novo poema.
Ilusão de Óptica by Denise Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.
Das arestas erodidas pelos fluxos em contacto.
Preparo a passagem do testemunho.
Evitando ouvir as tuas mãos trémulas a cair em caixas.
Cantando-te no desaparecimento sôfrego dos naúfragos.
Aperto o volume indefinido da estafeta.
Tapo os olhos túrgidos enganando o pragmatismo das listas.
Repetindo a sede paciente do que é inevitável e intemporal.
O início tosco do verso resistirá na penumbra da raíz.
Respirando em segredo segundo os compassos do nosso encontro.
Vai descendo o testemunho pelos teus olhos que se afastam.
Temos apenas um segundo antes de tudo ser já estrofe e harmonia.
Um rasgo subtil de instantânea clarividência.
E aí saberemos.
Sim, somos um novo poema.
Ilusão de Óptica by Denise Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.
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