Banda Gástrica



A minha mão. medida exacta do teu ombro.
Áspera felicidade na certeza da tua ausência,
Oscilo no meu daltonismo emocional.

Meia lua ou meia laranja.
Metade sejas de algo que nem início tem.
Estimo distâncias em que te encontro.
Expiro em dobro só para me fazer leve.
Só para me antecipar em nervos e artilharia.
Sempre agitando o já mexido pensamento.
Mostrando em cores o que te escondo.
Opacidade de te ter imaginado e sabido.
Tenaz como o vento soprando violento nos ouvidos.
Tentando o que não torna e não tem conserto.
Organizando-te as entradas e as saídas.
Retocando o tom neutro das tuas investidas.
Nunca desistindo das melodias ocas.
Até que me distraia o ranger dos dentes na noite rouca.


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