Hemofilia
Passar-te nos dedos os papéis em corte.
Deglutir sincera na direcção oposta.Por um triz levaste nos bolsos um esboço sorrindo.
Uma quase neblina que em raiz perdura.
Estancar-te na ferida que abres ainda,
Na generosa oferenda cálida do magma
antes de explodir,
Em sabor bélico, Difuso e torto na mucosa efervescente.
Repete-me:
um corpo nunca é apenas um corpo.É antes um choque em cadeia numa auto-estrada coberta de chuva,
a um domingo.
Hemofilia by Denise Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.
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