Epifania
Quando me impõem silêncio apenas desejo a palavra.
Visualizo-a letra a letra a vibrar nas minhas cordas vocais.
A voz permite um tiro mais certeiro do que as mãos.
Escreve com mais ânsia.
Não tropeça nos medos nem nas censuras.
É um elástico que nos prolonga até ao infinito.
Visualizo-a letra a letra a vibrar nas minhas cordas vocais.
A voz permite um tiro mais certeiro do que as mãos.
Escreve com mais ânsia.
Não tropeça nos medos nem nas censuras.
É um elástico que nos prolonga até ao infinito.
Sabemos quem somos mesmo quando não temos um espelho. Revelamos aos outros
o caminho sem lhes oferecermos um mapa. A voz ultrapassa a semântica dos
idiomas.
É força e fraqueza na mesma passagem de ar.
É força e fraqueza na mesma passagem de ar.
A palavra apenas cumpre o seu destino
quando abandona o corpo pelo impulso enérgico do diafragma.
E enquanto vibra na laringe, nos tímpanos, nas sinapses,
oferece ao mundo um significado intenso, que faz cintilar cada um de nós em diferentes comprimentos de onda.
Epifania by Denise Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.
quando abandona o corpo pelo impulso enérgico do diafragma.
E enquanto vibra na laringe, nos tímpanos, nas sinapses,
oferece ao mundo um significado intenso, que faz cintilar cada um de nós em diferentes comprimentos de onda.
Epifania by Denise Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.
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