Fragmento
A tua voz,
estigma indelével dos meus sinuosos murmúrios,
alcançou-me aflita no lento respirar da paisagem
Deixei-a sedimentar na distância que nos une.
Guardei-a junto aos retratos poeirentos desses dias calados.
Curvei-me para que os sons se aprimorassem,
imaginei as saliências de todas as conchas,
recriei a viscosidade perigosa das algas,
sem que à memória conseguisse arrancar qualquer rumor.
Com tão meticulosa dança quebrei a harmonia.
E na ausência da canção saudosa do vento
pulsou em pleno a dor do teu inacabado silêncio.
Fragmento by Denise Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.
Guardei-a junto aos retratos poeirentos desses dias calados.
Curvei-me para que os sons se aprimorassem,
imaginei as saliências de todas as conchas,
recriei a viscosidade perigosa das algas,
sem que à memória conseguisse arrancar qualquer rumor.
Com tão meticulosa dança quebrei a harmonia.
E na ausência da canção saudosa do vento
pulsou em pleno a dor do teu inacabado silêncio.
Fragmento by Denise Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.
Lindo... mas muito triste...
ResponderEliminarObrigada Firefly. Quando o escrevi não estava triste. As nossas vidas terão sempre verdades inacabadas, mas isso alimenta-nos. São esses os tecidos com que nos podemos cobrir quando está frio :)
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