Encenação


Pois que toda a literatura é uma longa carta a um interlocutor invisível, presente, possível ou futura paixão que liquidamos, alimentamos ou procuramos.E já foi dito que não interessa tanto o objecto, apenas pretexto, mas antes a paixão; e eu acrescento que não interessa tanto a paixão, apenas pretexto, mas antes o seu exercício.



"Primeira carta I" in Novas cartas portuguesas, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa (1972)

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