Túnel

Eleva-se uma antiga multidão.
Um sopro incisivo que derrete e arrepia.


A síntaxe escorrega pela noite,
devolvendo-me a ânsia das onomatopeias.
Os olhos fechados dançam
como constelações embriagadas pelo frio.


Devagar se desabotoam as memórias.
Os seus estilhaços descem como vértebras,
rastilhos de purpurinas que ao longe explodem
largando o corpo nu e às avessas.


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Túnel by Denise Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.

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