Modernidade

Em vão desejei ser vulgar
como uma linha recta.
Desenhar os meus contornos
com banais ângulos e métricas.


Imaginei-me geométrica,
previsível. Encaixar no mundo
como a embalagem popular
que todos compram.


Queria ser um consumível,
purgar o terror das particularidades.
Ver-me no espelho dos outros,
e juntos pregarmos a normalidade.

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